A larga e curta cobra com pernas caminhava. Era um deus?
Tinha aquele tronco de árvore…
―Por que você não rezou? Se tivesse rezado aquilo não teria
aparecido.
Não tenha medo. Mas a cobra parece uma borboleta. Seu rosto
é de um dragão, mas a língua de cobra. E a cobra ficou caminhando todo esse
tempo. Ela é imortal, então é deus. Que deus é esse? Tão colorido… Aquelas
asas, as quais não eram usadas, permanecem em minha memória; o medo também.
Tudo porque não rezei.
Esqueci de rezar.
Abandonei a prece.
Cobra, por onde
caminhas? Não te vejo mais por aqui. É tão estranho.
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