No
texto “Teoria e Prática na Reconstrução da Concepção de Linguagem do Professor
de Línguas”, a autora Solange T. Ricardo de Castro aponta, no resumo, que o
objetivo de seu trabalho é “discutir os resultados de oportunidades de
aprendizagem, oferecidas a professores de inglês da rede pública estadual, na
reconstrução de suas concepções de linguagem”.
Afirma ela que o que se discutirá
são as mudanças nas concepções de linguagem de tais professores. Em seu
brilhante texto, o qual está dividido em partes: Introdução, Ações Docentes no
Módulo, Concepções de Linguagem, Considerações Finais e Processo de
reconstrução do conhecimento do professor, a autora apresenta, neste último, a
sua opinião de que há um papel crucial, para a mudança no modo de pensar do
docente, na mediação pela palavra.
Nesse trabalho a autora analisa
resultados de oportunidades de aprendizagem que foram construídas como parte de
um curso de formação em serviço para professores de inglês.
Segundo a autora, sempre perspicaz, a
mediação pela palavra tem papel crucial, nas situações de aprendizagem em que o
professor participa e, nas quais, acontece uma alteração no sistema de
pensamento do professor.
Castro expõe que nesse processo, o
professor re-elabora seu conhecimento e modifica seus conceitos de linguagem e
de aprendizagem. A autora cita Vygotsky, apontando a importância da
coexistência entre conhecimentos adquiridos pela prática e conhecimentos
técnicos. Isto, evidentemente, torna seu texto mais fidedigno.
Ela expõe que foi possibilitado aos
professores-alunos durante as aulas: a discussão das teorias de linguagem e de
aprendizagem de línguas e a elaboração de planos de aula.
A autora descreve em seu texto que, nas discussões,
foi contraposto com as visões dos professores a visão sociointeracionista da
linguagem. Os planos de aula, descreve ela, foram elaborados e, na terceira
semana de aulas, eles foram re-elaborados por causa das “discussões
teórico-práticas”. Pois o objetivo do curso era formar um professor reflexivo,
acredita ela.
Como resultado do curso, a autora nos aponta que os
professores-alunos apropriaram-se de uma visão sociointeracionista da linguagem,
o que significa que responderam bem aos estímulos do curso.
Castro nos apresenta duas visões que os professores
tinham: a visão funcional e a estrutural. Ela nos aponta como o curso foi bem
sucedido com os professores de inglês, deixando para trás essas concepções.
Isto nos prova que é realmente um trabalho que merece
ser lido, especialmente pelos professores e pelos estudantes de letras. É um
trabalho que nos mostra a importância de se ter uma visão mais adequada da
linguagem e da aprendizagem.