Como criar um arquivo p7s a partir de arquivo em outro formato – tutorial
Passo 1: Vá até o site https://www.signfiles.com/p7s-signer/
Passo 2: Faça o download:
Pronto, você criou seu arquivo p7s.
Como criar um arquivo p7s a partir de arquivo em outro formato – tutorial
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Como jogar Axie Infinity e como formar um bom time? – Axie Origins
Muitas pessoas já ouviram falar e desejam saber como jogar Axie
Infinity. Vou explicar-lhes em um tutorial passo a passo.
Lembrando que você pode pular toda a parte de comprar os
Axies e jogar com os gratuitos que o jogo oferece. Se for esse o caso, vá para
a parte de criar a carteira Ronin e baixar o jogo. Sim, dá pra jogar Axie Infinity
de forma gratuita. O contra é que você não pode escolher seu time, apenas jogar com os Axies gratuitos.
Segue passo a passo de como jogar Axie com um time comprado:
Passo 1:
Criar uma conta em https://www.binance.com/pt-BR
Se quiser um passo a passo, pode ver em: https://www.iq.com.br/financas-pessoais/artigos/como-criar-conta-na-binance
Porém, é possível fazer tudo só com o primeiro link. Se
tiver dificuldades, veja o passo a passo.
Passo 2:
Ver no marketplace do Axie Infinity quais Axies você vai
querer comprar. O link do Marketplace é https://app.axieinfinity.com/marketplace/axies/
Você vai precisar de 3 Axies para poder jogar. Considerando
a Season 2, que é a atual, indico, baseado em Axies baratos e bons, que compre
3 Axies parecidos com esse:
A sugestão é que essas três cartas não faltem:
As outras podem ser diferentes. A estratégia desse time será
atacar ou o inimigo mais próximo ou o mais distante. Cada parte do corpo do
Axie representa uma carta (6 no total).
A sinergia pode ser melhorada com cartas que ataquem o mais
distante ou o mais próximo. Escudos também podem ser usados, enquanto a carta
Cuckoo acumula dano.
A função dessa carta Cuckoo é aumentar 65 de dano no próximo
ataque do Axie que você escolher. Então, se a carta que você tiver der 60 de
dano e você atacar com Axie que usou Cuckoo, vai dar 125 de dano base. O efeito
acumula, então pode por vários Cuckoos em um Axie e obliterar o adversário em
um hit.
Essa é só uma sugestão de time para jogar Axie, você pode
fazer sua pesquisa e criar outras composições.
Escolhido o time, faça as contas de quanto vai gastar em
cada Axie.
Para filtrar cada parte do Axie quer comprar, faça como mostra
a imagem:
Se você tentar achar algo muito específico, é provável que
esteja mais caro.
Passo 3:
Faça a soma de quanto vai gastar com o 3 Axies. Faça a conta
em AXS.
Você pode somar os 3 em Dólar e depois ver quando vai
precisar em AXS.
Exemplo do preço de 1:
A conversão pode ser feita em https://www.coingecko.com/pt/moedas/axie-infinity
Exemplo do preço de 1 Axie visto acima:
Feito isso, você irá na Binance (considerando que você já se
cadastrou lá e já pode enviar BRL [real] pra lá) comprar esses AXS. Compre um
pouco a mais para não correr risco de faltar dinheiro.
Passo 4:
Crie uma carteira Ronin. Você precisa entrar na web store do
Google e procurar por Ronin Wallet.
Tem um tutorial que você pode ver em: https://morocotacoin.news/tutoriales/como-criar-uma-carteira-ronin-para-axie-infinity-portugues/#:~:text=Passo%201%3A%20Entre%20na%20web,automaticamente%20aberta%20em%20seu%20computador.&text=Passo%202%3A%20Clique%20na%20op%C3%A7%C3%A3o,in%C3%ADcio%20ao%20registro%20da%20carteira.
Passo 5: Mande os AXS para a sua carteira e compre
Axies. Feito isso, você estará pronto para jogar o jogo.
Se for pelo PC você vai nessa parte:
Pelo celular, basta clicar em play e baixar o apk:
E pronto, você já pode jogar Axie infinity com seus Axies.
Trago-vos um texto sobre músicas satânicas da banda Ghost BC.
NÚMERO 01
Mary on a cross
Tobias expõe em Mary on a cross um texto fazendo referência a Maria, mãe de Cristo:
Você desce como Santa Maria
You go down just like Holy Mary
Maria em uma, Maria em uma cruz
Mary on a, Mary on a cross
Ele cita Maria na cruz, nos levando a questionar a figura central do cristianismo ser masculina, pois é Jesus que morre na cruz e que salva a todos. É um homem. Porque Deus é sempre masculino.
A crítica vai um pouco além, fazendo referência a fazer sexo (I will tickle you internally) com a pessoa que "desce" como Maria se ela escolher fugir com ele.
NÚMERO 02
Kiss The Go-Goat
Mas ele é o cara que você quer fazer
But he's the guy you wanna do
E você sabe que são necessários dois
And you know that it takes two
Kiss the Go-Goat expressa a história de uma pessoa que não tem retorno algum da magia negra ou do satanismo, mas "he's the guy you wanna do", ou seja, apesar de saber que não vai ter retorno, aparenta gostar de Satan, Lúcifer; e assim, beija o bode, metáfora para cuidar com carinho de Satanás.
NÚMERO 03
Year Zero
Ele ascenderá aos céus
He will ascend to the heavens
[...]
Salve Satanás, bem-vindo ano zero
Hail Satan, welcome year zero
Year Zero é sobre a vinda de Satanás, que instaurará o ano zero, em oposição ao nosso calendário baseado em Jesus Cristo.
Tempo em que as massas ficarão em pé em reverência e que ele, Satanás, irá ascender aos céus acima das estrelas de Deus; isto é, é superior a Deus.
NÚMERO 04
He Is
Ele é
He is
Ele é o brilho e a luz sem o qual eu não posso ver
He's the shining and the light without whom I cannot see
He is parece uma música de amor, é centrada na figura de Lúcifer. Tudo que é positivo é atribuido a Lúcifer.
Apesar da situação do eu lírico não parecer ser das melhores, pois afirma que "estamos perto do abismo", tem a figura central que o faz tão bem, que é o brilho que sem o qual não pode ver, que é a força que o fez, que é a desobediência que os mantém em união.
NÚMERO 05
Elizabeth
Seu pacto com Satanás
Her pact with Satan
Sua rejeição da humanidade
Her dispisal of mankind
Em Elizabeth, o tema é a Elizabeth Bathory, pessoal cruel que ficou conhecida como a condessa sangrenta. Conta-se que ela se banhava com sangue humano.
A letra defende que ela ainda está viva e é uma "de nós", isto devido à sua contrariedade à moral cristã, o que é descrito de diversas formas, como o fato de, conforme o texto, ter feito um pacto com Satanás (podendo ser metafórico), e ter atos de crueldade (imorais). Elizabeth é glorificada.
NÚMERO 06
Stand by Him
O poder do diabo é o maior
The Devil's power is the greatest one
Quando o mais sagrado dele e dela evita o sol
When his' and hers' holiest shun the sun
Stand by Him possui uma blasfêmia potente, simples e soberana: "The Devil's power is the greatest one"; Diabo aqui é com letra maiúscula, devido à sua importância no discurso. É uma ode, um poema bem escrito louvando ao Diabo.
E o mais sagrado dele e dela, do homem e da mulher, cobrem o sol; lembrando que o sol era metáfora para se referir aos deuses. Inclusive, é Hélio, deus grego, que é representado à frente de uma carruagem trazendo luz (o sol que vemos). No cristianismo, Deus também é relacionado com a luz e o Diabo com a escuridão.
Quando o mais sagrado do homem e da mulher cobrem o sol, voltamo-nos, evidentemente, para o que é mais forte, o Diabo. Esse mais sagrado pode ser entendido como o luxo, a luxúria, a vingança e outros aspectos negados pelo cristianismo, mas que todo ser humano instintivamente se volta para.
A letra, então, se volta para o tema de uma bruxa e "ele". Este pode ser o própria Diabo, que dá apoio para os objetivos da bruxa.
NÚMERO 07
Satan Prayer
Acredite em um Deus, nós
Believe in one God, do we
Satanás todo poderoso
Satan almighty [...]
Aqui, tem-se a crença em Satanás, que é descrito como todo poderoso, em oposição à bíblia que trata apenas Deus como todo poderoso.
Também contrariando a narrativa bíblica que diz que o reino do opositor de Deus duraria apenas mil anos, cita-se que o reino de Satanás não terá fim. E a letra prossegue como uma oração ao inverso: "hear our Satan prayer".
NÚMERO 08
E estamos aqui para nos rebelar para sempre
And we are here to revel forevermore [...]
Deus, Deus, Deus in Absentia
Deus, Deus, Deus in Absentia
Deus in Absentia critica filosoficamente o cristianismo: pois você só tinha que saber como as coisas funcionam para ser salvo:
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.
João 8:32 NVI
E:
Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2:8-9
Mas como a letra da banda Ghost diz, você nunca saberá porque existe ausência de Deus no mundo.
A religião cristã advoga ser a verdade com ausência de Deus, com ausência de qualquer evidência. Como alguém vai saber qualquer coisa do mundo supostamente espiritual que existe, se não há como saber? Existe apenas a opção de acreditar em alguma religião para conseguir salvação, mas sem qualquer evidência para nada.
O saber, no campo religioso, é ausente. Deus é ausente. Há somente o crer.
Pode-se crer em mil e uma coisas, como o budismo, o hinduísmo e o paganismo. Logo, se o Deus cristão existe, estamos aqui para nos rebelar para sempre.
NÚMERO 09
SQUARE HAMMER
Você está pronto para jurar aqui e agora
Are you ready to swear right here, right now
Perante o diabo
Before the devil
Square Hammer é cheia de elementos maçônicos, mas inverte os valores: veste a maçonaria de satanismo.
O texto cita uma "crooked rhymed", uma rima torta, que o eu lírico é chamado para resolver. Pode-se entender essa rima torta como o conserto da maçonaria, que não cultua o Diabo. Ele também é chamado para poderes clandestinos, os poderes do Diabo.
E esse foi meu top 10, ops, 9, das melhores músicas satânicas da banda ghost bc.
"E como a vida é boa, não é? E ela só é boa porque podemos odiar e nos vingar"
Contradizendo toda moral cristã e tradicionalista, Ayria nos apresenta essa maravilha sobre vingança e ódio (Bad List):Clouds, da banda Tiamat, faixa homônima ao álbum, de 1992, traz em sua primeira estrofe uma afronta a Jesus:
Da vida que eu já vivi, das músicas que eu já ouvi, jamais conheci músicas com letras melhores que as de Emilie Autumn. Segue uma das melhores, talvez a melhor:
Guerreiros São Guerreiros é o título.
Mas devemos nos perguntar: o que são guerreiros?
O início nos remete a uma pessoa que luta para conquistar as coisas:
Eu não vim aqui pra pedir
O que eu quero eu vou conquistar
Se agora é hora de ir
Tô na estrada, sigo em frente
Eu não penso em fugir
E nem mesmo me consolar
Tenho medos e mesmo assim
Tô na estrada, sigo em frente
E mais do mesmo:
Enquanto eu tiver chão sob os pés
Enquanto eu puder caminhar
Enquanto eu puder estar viva
Enquanto minha hora não chegar
Talvez eu não vença o tempo todo
E ainda posso até cair
Só quero manter minha alma forte
Erguer a cabeça e seguir
Sou guerreiro
Sou guerreiro
No entanto, temos uma ruptura:
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Escravos de jó
Escravos de jó
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Escravos de jó
Escravos de jó
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são
Guerreiros são
Temos uma dualidade bem evidente. Pois se no início, que ocupa a maior parte do discurso, temos uma visão atual de guerreiro; no final o eu lírico nos remete ao passado, a um passado sombrio, em que o guerreiro era o escravo. Escravo é alguém que foi destituído de sua liberdade, sendo tratado como um objeto explorável. O significado de guerreiro, por outro lado, é uma pessoa que combate em uma guerra, que demonstra força e coragem.
"Na Super Interessante, encontramos a ideia de que o Jó bíblico teria sido apropriado pela cultura negra para “simbolizar o homem rico”. Já na Fatos Desconhecidos, encontramos a suposição de que “zigue zigue zá” era o ziguezague que os escravos faziam para fugir do capitão-do-mato. Palpites com zero rigor, que não devem ser levados a sério." Porém, que evidenciam essa dualidade entre o que é bom e ruim sendo guerreiro. O guerreiro atual é coberto por um discurso motivacional e o guerreiro antigo que era escravo é lembrado.
Será mesmo? Guerreiros são guerreiros, mas o que são guerreiros? Temos essa visão dualista ou o texto nos sugere que fica a nosso critério? As duas últimas frases são "Guerreiros são"; são o que? O texto é aberto. Podemos dizer que o guerreiro atual não é tão bom assim, que também temos nosso zigue zigue zá, que também somos, de certa forma, escravos.
Na época dos escravos, era lei a escravidão. Hoje, muitas coisas ainda são lei, apesar de termos progredido nesse tempo. Muitas leis transformam o guerreiro em um escravo. O guerreiro, em nosso contexto, pode ser interpretado como o trabalhador, que vive em uma ditadura; mas que sempre está buscando o que é melhor pra si, assim como o escravo que fugia para conquistar algo seu.
Podemos completar assim: Guerreiros são escravos. Se não for assim, por quê não completar as duas últimas frases? Por qual motivo citar os escravos?
Podemos também interpretar o início da música como o jovem que se lança ao mundo querendo conquistar tudo, mas que percebe que lutou tanto e não é mais que um escravo, pois é assim que funciona o mundo moderno. Nossa democracia brasileira, de 2023, é sim uma forma de ditadura, que coloca a maioria de sua população em situação muito inferior àqueles que possuem maior capital. Diferença essa que seria equivalente à diferença social que os escravos negros tinham.
Fontes: https://colecionadordesacis.com.br/2018/08/01/quem-eram-os-escravos-de-jo/
https://www.letras.mus.br/pitty/250742/
Já dizia Nietzsche: se fosse para o Universo ter um fim, já teria tido esse fim.
Qual a lógica de eu estar existindo agora? Eu poderia existir em outro ponto infinito do futuro ou ter existido em outro ponto infinito do passado. Quais as probabilidades de ser agora? Praticamente nulas.
Imaginem o dígito 1 seguido de cem zeros:
10.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (googol = 10^{100}).
Consideramos o tempo futuro infinito. No entanto, vamos supor que o tempo tem essa representação numeral e acaba. Vamos supor também que o número 1 representa 100 anos e que o tempo atual é representado por:
1.000.000.000.500.500.000.000.000.050.000.000.100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.
Quais as chances de o tempo estar exatamente nesse ponto? As probabilidades são tão pequenas, que praticamente nulas. Se consideramos, então, um tempo infinito, não há outra explicação a não ser o eterno retorno. Ou é o eterno retorno ou algo praticamente impossível.
Nietzsche já sabia disso. Por isso previu, em seu otimismo, que o eterno retorno seria a crença do futuro.
(S) aint, música do não efêmero Marilyn Manson, carrega em si algo que talvez Nietzsche admirasse: orgulho de si, arrogância, amor próprio, egoísmo. O título (S) aint já faz seu trabalho de apresentar o trabalho de forma curta, mas cheia de conteúdo. Saint significa santo, mas aint significa "não", ou seja, não é santo.
Segue o primeiro verso:
“I don't care if your world is ending today Because I wasn't invited to it, anyway”
Ele não se importa com o seu mundo se ele não faz parte dele; não faz aquele jogo moralista ou falso moralista, falso altruísta, que é tão comum no mundo moderno. Diz o que ele é de verdade: altruísta, talvez, mas só se for sensato o ser.
“You said I tasted famous, so I drew you a heart But now, I'm not an artist, I'm a fucking work of art”
Primeira linha aqui indicando passado: eu desenhei um coração para você, o inventei; ele se iludiu com a outra pessoa e desenhou um coração, este coração sendo falso, pois desenhado; isso após essa outra pessoa dizer ao eu lírico que ele tinha gosto “famoso”, bajulando. Na segunda linha, revela o presente: não é mais um artista, não cria coisas para os outros verem, agora ele próprio é a obra de arte e não uma simples obra de arte, but a fucking work of art. Agora ele é o centro, não o que ele faz ou outra pessoa.
“I've got an F and a C and I got a K too And the only thing that's missing is a bitch like U”
Agora ele tem o F, o C, o K, só falta o U da vagabunda. Mais uma vez, dizendo que ele tem coisas e diminuindo essa mulher que chama de bitch. Engrandece a si mesmo, reduz o outro; isso tudo usando um jogo de palavras que só deixa tudo mais apreciável.
“You wanted perfect, you got your perfect But now, I'm too perfect for someone like you I was a dandy in your ghetto with a snow white smile And you'll never be as perfect, whatever you do”
Essa outra pessoa, provavelmente uma mulher, queria o perfeito; agora ele é o perfeito. No passado ele talvez fosse um tolo, agora ele é perfeito e ela nunca será perfeita, não importa o que faça.
What's my name? What's my name? Hold the S because I am an AIN'T What's my name? What's my name? Hold the S because I am an AIN'T
Mais um excelente jogo de palavras aqui, que é o que dá nome à música.
I'm a bonetop, a death's head on a mopstick You infected me, took diamonds, I took all your shit Your sell-by date expired, so you had to be sold I'm a suffer-genius and vivi-sex symbol
Esse excerto ele expõe um possível motivo de destilar sua superioridade sobre essa pessoa do seu passado. Ela o infectou e levou os diamantes, levou o que ele tinha de valor enquanto deu a all the shit. Mas a data de validade dela expirou, ou seja, envelheceu e teve de ser “vendida” como se fosse um objeto. Ele, agora, é descrito como algo morto (“bonetop”), porém, apesar de ter essa relação com ossos, ou seja, algo morto, tem também a relação com algo que está acima, no topo. Superioridade dele, inferioridade dela, que foi descartada. Na última linha, mais superioridade: é um gênio que sofre e um símbolo sexual vivo.
Enfim, é uma música sobre si, apesar de ter que usar essa outra pessoa para mandar para o inferno todos que querem usar ele, tirar algo dele.
Fonte: https://www.letras.mus.br/marilyn-manson/94945/traducao.html
O conto “Ele” inicia-se já
falando dele, dessa outra pessoa que dá nome ao título do conto. Assim como em
outras obras do autor, inicia-se com muito adjetivos, como pode-se perceber no
seguinte excerto: “[...] a própria cidade tornou-se um firmamento cintilante de
sonho [...]”. Outro elemento importante é a frequente citação do que se relaciona
com o sonho e a imaginação.
Nesse início o narrador cita
coisas positivas acerca de Nova York, mas já deixando claro que teria uma
desilusão. Nessa desilusão fica evidente o racismo: “[...] multidões de pessoas
que fervilhavam por ruas que as escoavam como se fossem calhas eram estranhos
atarracados e de compleição escura, com rostos endurecidos e olhos estreitos
[...] que nunca poderiam significar algo para um homem de olhos azuis da raça
antiga, que trazia o amor das alamedas [...]”. Este trecho parece, além de racista,
nazista, pois nos remete à ideia da raça pura defendida por Hitler, o qual apresenta
essa defesa da raça “ariana”, de olhos azuis, como superior. Nota-se que
adjetivos negativos são relacionados às pessoas “de compleição escura”, como “estranhos”
e “olhos estreitos”, ou seja, anormais; enquanto não há adjetivos negativos
quando o homem de olhos azuis é citado.
Quem narra é um sujeito ligado à
poesia, aos sonhos e às visões. Quando ele encontra o homem, que dá nome ao
conto, é em um ambiente noturno, às duas da manhã de uma madrugada nublada.
Isto nos dá uma sensação de mistério e receio; inclusive, “ele” tem o rosto não
distinguível no início. Mesmo quando seu rosto fica visível ao narrador, ele
ainda tem algum atributo que incomoda: “[...] talvez ele fosse branco demais,
ou inexpressivo demais [...]”. Isso tudo, apesar do infeliz aparente racismo,
dá ao conto um caráter que empolga quem gosta de obras de terror.
“Ele” leva o narrador até uma biblioteca
a partir de um caminho guiado por ele. Na biblioteca, revela mais de suas
características e expõe um discurso que mostra conhecimentos do passado daquele
lugar. Então, cita certos rituais que teriam sido praticados por índios que no passado
ali habitaram. Nesse discurso, ele fala: “[...] o costume que o fidalgo
aprendeu daqueles selvagens vira-latas foi apenas uma pequena parte do
conhecimento que ele veio a ter [...]”. Neste excerto, temos um discurso novamente
preconceituoso, agora sendo dito não pelo narrador, mas por esse personagem; e
também cita esse conhecimento oculto e do passado.
Em seguida, acontece algo que
mexe com o psicológico do narrador: com um gesto da mão, o homem faz surgir um
relâmpago e visões de outro tempo para que os dois vejam. Na terceira vez que
esse relâmpago surge, o narrador se assusta e começa a gritar. A partir desses
gritos, um terceiro ser aparece no conto: “uma substância negra como uma tinta
e repleta de olhos, brilhantes e malignos”. Este destrói o homem. O narrador,
então, foge da biblioteca. No final, este volta para Nova Inglaterra, região
que é cercada por citações positivas, como “alamedas límpidas” e “brisas
deliciosas do mar”; em oposição à Nova York que é palco de tudo que fora narrado.
Fonte: LOVECRAFT, H. P. Obras Escolhidas. Tradução:
Jorge Ritter. Porto Alegre: L&PM Editores, 2007.
Tudo que o empregado trabalhador quer é uma revolução comunista, só não sabe ainda.