O budismo é baseado na crença da reencarnação. O Samsara é o ciclo eterno de reencarnação. A vida é sofrimento. Então, para quebrar o Samsara, devemos seguir as regras morais que Buda ensinou e praticar a meditação. Assim, poderemos alcançar o Nirvana, que é a cessação de todo o sofrimento, cessação do ciclo de reencarnação infinito.
domingo, 5 de fevereiro de 2023
sábado, 28 de janeiro de 2023
Como criar um arquivo p7s (converter) – tutorial
Como criar um arquivo p7s a partir de arquivo em outro formato – tutorial
Passo 1: Vá até o site https://www.signfiles.com/p7s-signer/
Passo 2: Faça o download:
Pronto, você criou seu arquivo p7s.
Como jogar Axie Infinity? E sugestão para formar um bom time.
Como jogar Axie Infinity e como formar um bom time? – Axie Origins
Muitas pessoas já ouviram falar e desejam saber como jogar Axie
Infinity. Vou explicar-lhes em um tutorial passo a passo.
Lembrando que você pode pular toda a parte de comprar os
Axies e jogar com os gratuitos que o jogo oferece. Se for esse o caso, vá para
a parte de criar a carteira Ronin e baixar o jogo. Sim, dá pra jogar Axie Infinity
de forma gratuita. O contra é que você não pode escolher seu time, apenas jogar com os Axies gratuitos.
Segue passo a passo de como jogar Axie com um time comprado:
Passo 1:
Criar uma conta em https://www.binance.com/pt-BR
Se quiser um passo a passo, pode ver em: https://www.iq.com.br/financas-pessoais/artigos/como-criar-conta-na-binance
Porém, é possível fazer tudo só com o primeiro link. Se
tiver dificuldades, veja o passo a passo.
Passo 2:
Ver no marketplace do Axie Infinity quais Axies você vai
querer comprar. O link do Marketplace é https://app.axieinfinity.com/marketplace/axies/
Você vai precisar de 3 Axies para poder jogar. Considerando
a Season 2, que é a atual, indico, baseado em Axies baratos e bons, que compre
3 Axies parecidos com esse:
A sugestão é que essas três cartas não faltem:
As outras podem ser diferentes. A estratégia desse time será
atacar ou o inimigo mais próximo ou o mais distante. Cada parte do corpo do
Axie representa uma carta (6 no total).
A sinergia pode ser melhorada com cartas que ataquem o mais
distante ou o mais próximo. Escudos também podem ser usados, enquanto a carta
Cuckoo acumula dano.
A função dessa carta Cuckoo é aumentar 65 de dano no próximo
ataque do Axie que você escolher. Então, se a carta que você tiver der 60 de
dano e você atacar com Axie que usou Cuckoo, vai dar 125 de dano base. O efeito
acumula, então pode por vários Cuckoos em um Axie e obliterar o adversário em
um hit.
Essa é só uma sugestão de time para jogar Axie, você pode
fazer sua pesquisa e criar outras composições.
Escolhido o time, faça as contas de quanto vai gastar em
cada Axie.
Para filtrar cada parte do Axie quer comprar, faça como mostra
a imagem:
Se você tentar achar algo muito específico, é provável que
esteja mais caro.
Passo 3:
Faça a soma de quanto vai gastar com o 3 Axies. Faça a conta
em AXS.
Você pode somar os 3 em Dólar e depois ver quando vai
precisar em AXS.
Exemplo do preço de 1:
A conversão pode ser feita em https://www.coingecko.com/pt/moedas/axie-infinity
Exemplo do preço de 1 Axie visto acima:
Feito isso, você irá na Binance (considerando que você já se
cadastrou lá e já pode enviar BRL [real] pra lá) comprar esses AXS. Compre um
pouco a mais para não correr risco de faltar dinheiro.
Passo 4:
Crie uma carteira Ronin. Você precisa entrar na web store do
Google e procurar por Ronin Wallet.
Tem um tutorial que você pode ver em: https://morocotacoin.news/tutoriales/como-criar-uma-carteira-ronin-para-axie-infinity-portugues/#:~:text=Passo%201%3A%20Entre%20na%20web,automaticamente%20aberta%20em%20seu%20computador.&text=Passo%202%3A%20Clique%20na%20op%C3%A7%C3%A3o,in%C3%ADcio%20ao%20registro%20da%20carteira.
Passo 5: Mande os AXS para a sua carteira e compre
Axies. Feito isso, você estará pronto para jogar o jogo.
Se for pelo PC você vai nessa parte:
Pelo celular, basta clicar em play e baixar o apk:
E pronto, você já pode jogar Axie infinity com seus Axies.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2023
Top 9 - as melhores músicas satânicas e blasfemas da banda Ghost BC
Trago-vos um texto sobre músicas satânicas da banda Ghost BC.
NÚMERO 01
Mary on a cross
Tobias expõe em Mary on a cross um texto fazendo referência a Maria, mãe de Cristo:
Você desce como Santa Maria
You go down just like Holy Mary
Maria em uma, Maria em uma cruz
Mary on a, Mary on a cross
Ele cita Maria na cruz, nos levando a questionar a figura central do cristianismo ser masculina, pois é Jesus que morre na cruz e que salva a todos. É um homem. Porque Deus é sempre masculino.
A crítica vai um pouco além, fazendo referência a fazer sexo (I will tickle you internally) com a pessoa que "desce" como Maria se ela escolher fugir com ele.
NÚMERO 02
Kiss The Go-Goat
Mas ele é o cara que você quer fazer
But he's the guy you wanna do
E você sabe que são necessários dois
And you know that it takes two
Kiss the Go-Goat expressa a história de uma pessoa que não tem retorno algum da magia negra ou do satanismo, mas "he's the guy you wanna do", ou seja, apesar de saber que não vai ter retorno, aparenta gostar de Satan, Lúcifer; e assim, beija o bode, metáfora para cuidar com carinho de Satanás.
NÚMERO 03
Year Zero
Ele ascenderá aos céus
He will ascend to the heavens
[...]
Salve Satanás, bem-vindo ano zero
Hail Satan, welcome year zero
Year Zero é sobre a vinda de Satanás, que instaurará o ano zero, em oposição ao nosso calendário baseado em Jesus Cristo.
Tempo em que as massas ficarão em pé em reverência e que ele, Satanás, irá ascender aos céus acima das estrelas de Deus; isto é, é superior a Deus.
NÚMERO 04
He Is
Ele é
He is
Ele é o brilho e a luz sem o qual eu não posso ver
He's the shining and the light without whom I cannot see
He is parece uma música de amor, é centrada na figura de Lúcifer. Tudo que é positivo é atribuido a Lúcifer.
Apesar da situação do eu lírico não parecer ser das melhores, pois afirma que "estamos perto do abismo", tem a figura central que o faz tão bem, que é o brilho que sem o qual não pode ver, que é a força que o fez, que é a desobediência que os mantém em união.
NÚMERO 05
Elizabeth
Seu pacto com Satanás
Her pact with Satan
Sua rejeição da humanidade
Her dispisal of mankind
Em Elizabeth, o tema é a Elizabeth Bathory, pessoal cruel que ficou conhecida como a condessa sangrenta. Conta-se que ela se banhava com sangue humano.
A letra defende que ela ainda está viva e é uma "de nós", isto devido à sua contrariedade à moral cristã, o que é descrito de diversas formas, como o fato de, conforme o texto, ter feito um pacto com Satanás (podendo ser metafórico), e ter atos de crueldade (imorais). Elizabeth é glorificada.
NÚMERO 06
Stand by Him
O poder do diabo é o maior
The Devil's power is the greatest one
Quando o mais sagrado dele e dela evita o sol
When his' and hers' holiest shun the sun
Stand by Him possui uma blasfêmia potente, simples e soberana: "The Devil's power is the greatest one"; Diabo aqui é com letra maiúscula, devido à sua importância no discurso. É uma ode, um poema bem escrito louvando ao Diabo.
E o mais sagrado dele e dela, do homem e da mulher, cobrem o sol; lembrando que o sol era metáfora para se referir aos deuses. Inclusive, é Hélio, deus grego, que é representado à frente de uma carruagem trazendo luz (o sol que vemos). No cristianismo, Deus também é relacionado com a luz e o Diabo com a escuridão.
Quando o mais sagrado do homem e da mulher cobrem o sol, voltamo-nos, evidentemente, para o que é mais forte, o Diabo. Esse mais sagrado pode ser entendido como o luxo, a luxúria, a vingança e outros aspectos negados pelo cristianismo, mas que todo ser humano instintivamente se volta para.
A letra, então, se volta para o tema de uma bruxa e "ele". Este pode ser o própria Diabo, que dá apoio para os objetivos da bruxa.
NÚMERO 07
Satan Prayer
Acredite em um Deus, nós
Believe in one God, do we
Satanás todo poderoso
Satan almighty [...]
Aqui, tem-se a crença em Satanás, que é descrito como todo poderoso, em oposição à bíblia que trata apenas Deus como todo poderoso.
Também contrariando a narrativa bíblica que diz que o reino do opositor de Deus duraria apenas mil anos, cita-se que o reino de Satanás não terá fim. E a letra prossegue como uma oração ao inverso: "hear our Satan prayer".
NÚMERO 08
E estamos aqui para nos rebelar para sempre
And we are here to revel forevermore [...]
Deus, Deus, Deus in Absentia
Deus, Deus, Deus in Absentia
Deus in Absentia critica filosoficamente o cristianismo: pois você só tinha que saber como as coisas funcionam para ser salvo:
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará.
João 8:32 NVI
E:
Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.
Efésios 2:8-9
Mas como a letra da banda Ghost diz, você nunca saberá porque existe ausência de Deus no mundo.
A religião cristã advoga ser a verdade com ausência de Deus, com ausência de qualquer evidência. Como alguém vai saber qualquer coisa do mundo supostamente espiritual que existe, se não há como saber? Existe apenas a opção de acreditar em alguma religião para conseguir salvação, mas sem qualquer evidência para nada.
O saber, no campo religioso, é ausente. Deus é ausente. Há somente o crer.
Pode-se crer em mil e uma coisas, como o budismo, o hinduísmo e o paganismo. Logo, se o Deus cristão existe, estamos aqui para nos rebelar para sempre.
NÚMERO 09
SQUARE HAMMER
Você está pronto para jurar aqui e agora
Are you ready to swear right here, right now
Perante o diabo
Before the devil
Square Hammer é cheia de elementos maçônicos, mas inverte os valores: veste a maçonaria de satanismo.
O texto cita uma "crooked rhymed", uma rima torta, que o eu lírico é chamado para resolver. Pode-se entender essa rima torta como o conserto da maçonaria, que não cultua o Diabo. Ele também é chamado para poderes clandestinos, os poderes do Diabo.
E esse foi meu top 10, ops, 9, das melhores músicas satânicas da banda ghost bc.
domingo, 22 de janeiro de 2023
Bad List, Ayria - análise/significado de música
"E como a vida é boa, não é? E ela só é boa porque podemos odiar e nos vingar"
Contradizendo toda moral cristã e tradicionalista, Ayria nos apresenta essa maravilha sobre vingança e ódio (Bad List):Somehow it feels I'm getting more frustrated
With every tongue tied, wild eyed, overrated
Narcissistic, self absorbed spawn of a generation bored
As três linhas acima não apenas denotam insatisfação, mas também vão de encontro com uma característica intrínseca ao ser humano: implicitamente, diz que temos o direito de ficarmos frustrados; "tongue tied, wild eyed, overrated", adjetivos algo negativos são usados para mostrar características humanas implodidas para o lado negativo, as quais causam frustração. A terceira linha descreve nossa amada e estupenda geração (leia-se a geração do eu-lírico, não necessariamente a geração de Ayria) de maneira precisa: narcisista, de uma geração entediada. Aqui, podemos estender o argumento para nossa sociedade obcecada com selfies; estendendo para análoga perspectiva, "imagem é tudo, sua cabeça não tem nada".
Assim, o eu lírico está frustrado com essas características de sua geração.
Want to see you vulnerable, I am not your equal
Ruling with an iron fist, and you are on my bad list
A routine casualty
Razor sharp beauty queens
Bridges built are bridges burned
You will get what you deserve
As duas primeiras linhas são excepcionais, mostrando uma filosofia de vida independente, sem se prender a dogmas religiosos em que se deve fazer o bem a todos (inclusive aos inimigos). A primeira linha fala de vingança e hierarquia: "não sou seu igual e quero vê-lo vulnerável"; isso é desejar o mal? Sim! O eu lírico se dirige a alguém que está na "bad list" (lista negra ou lista dos maus).
A terceira, quarta e quinta linhas descrevem eventos. Um acidente de rotina e então eventos aleatórios ("razor sharp, beauty queens"), aqui podendo ser entendido como algum tipo de agressão em um contexto sobre o qual podemos imaginar. Uma possível forma de interpretar a quinta linha é que um caminho traçado ("bridges built") não pode ter retorno ("bridges burned"), no contexto do poema/música, uma ação negativa que incomoda o eu lírico, consequentemente ligado às ações descritas acima. Também podemos concluir que o antagonista está ligado às características explicitadas na primeira estrofe.
"You will get what you deserve" finaliza essa parte. O eu lírico diz que o antagonista terá o que merece, mas de que forma? Os próximos versos nos revelam.
What did they do,
that made you so awful
Why do you say,
the stupid things you do
The ones you've hurt,
I hope they hurt you too
The things you've done,
will eat away at you
Nessa estrofe o eu lírico mostra que as coisas que o antagonista fez são ruins e que ele machucou outras pessoas e que espera que essas pessoas também o machuquem; as coisas erradas que ele fez terão retorno. Portanto, espera-se que vingança seja feita.
And now I think I'm done caring
Too many mindless, self obsessed, overbearing
Misogynistic, plastic hearts
Can't wait to see you torn apart
Aqui temos a conclusão de um raciocínio: Can't wait to see you torn apart. O eu lírico espera ver o antagonista despedaçado. Aqui o ódio e o desprezo aparecem em uma estrofe rica de adjetivos pejorativos.
You've made this list,
you won't be missed
You'll have to learn,
some things you don't deserve
Esta última estrofe parece contradizer o resto do texto: You've made this list. Ledo engano: o antagonista fez a lista porque ele é a razão da lista, o motivo dela existir. No final, some things you don't deserve; que coisas são essas que ele não merece? Verificando o texto como um todo, são coisas boas que ele não merece...
Lyrics Source: https://teenage.cz/texty/ayria/hearts-for-bullets/bad-list
Interpretação da música Clouds, de Tiamat
Clouds, da banda Tiamat, faixa homônima ao álbum, de 1992, traz em sua primeira estrofe uma afronta a Jesus:
If I walk on the water today
Will people worship me tomorrow
Will my name be spread faraway
To give people both strength and sorrows
Na próxima estrofe, o eu lírico contrapõe a existência do Deus monoteísta cristão, mostrando que existe um deus dentro de todos e não fora, tal qual o satanismo de Lavey aponta. Além disso, afirma que este deus se encontra escondido no mais profundo medo: um possível exemplo para isto seria o cristão que tem medo de blasfemar.
Look into my cristal ball
I have got news for you my dear
There is a god inside you all
But he is hidden in your deepest fear
Nas próximas duas linhas, pede-se que se saia das nuvens negras que cobrem "você". Nuvens negras, como um elemento que turvam a visão, sintetizam o que acomoda e cria a ignorância. Estendendo o argumento, a bíblia é uma nuvem negra.
Step outside the clouds that hide you
The black clouds that cover you
...
Listen fools, a dream I send
If you make the madness end
Else I shall a nightmare call
To do harm within you all
A estrofe acima pede para que os tolos escutem, pois um sonho é enviado: se a loucura da religião/ilusão for terminada, um pesadelo ele deve chamar para causar dano a todos. Podemos pensar esta passagem como a falta de sentido da vida que se vem quando se mata a Deus; também podemos adequá-la aos problemas advindos da incredulidade/satanismo perante a sociedade, especialmente para os adolescentes, pois esta costuma ter dificuldade em aceitar incredulidade/satanismo.
You call me satan, I call me sin
I breed in you but you have locked the door
Open yourself and you shall win
And you'll not even need me anymore
Finalizando o poema (chamo letra de música de poema), o eu lírico se coloca como aquele que influencia a outrem: se você se abrir ele ganhará, assim você não precisará mais dele e deverá "ganhar"; no entanto, fica claro que mesmo você mantendo a porta trancada, ele ainda irá "procriar" em você, ou seja, tentará te influenciar.
Step outside the clouds that hide you
The black clouds that cover you
Lyrics source:https://www.letras.mus.br/tiamat/117023/traducao.html
How you like that de Blackpink - Análise
O grupo coreano Blackpink bomba com o single “How you like that”.Coloquei a letra em português para facilitar para mim, já que não sei coreano.
O Que Você Acha Disso? (How you like that)
O título denota interesse para o que outrem pensa sobre algo, questionando essa outra pessoa.
A linha acima aparece em diversas letras do grupo. É a vontade de potência em seu esplendor: Blackpink está nos seus ouvidos, está onde você está, alcançou você. A frase é uma marca de vaidade e potência; vaidade porque é aquela que diz seu nome com aparente orgulho, potência porque é aquela de pode [estar].
Cheguei ao fundo do poço e afundei ainda mais
Tentando segurar a pouca esperança que restava
Estiquei as duas mãos para o alto
Na estrofe acima, uma situação desagradável nos é apresentada: o eu lírico chegou “ao fundo do poço” e tinha pouca esperança.
Olhando em seus olhos, te dou um beijo de despedida
Ria o quanto quiser enquanto pode
Agora é a sua vez, um, dois, três
Na continuidade, uma despedida para quem o eu lírico se dirige nos é informada. Na terceira linha, tem-se uma ameaça ou uma previsão do futuro (as duas leituras são possíveis). “Agora é a sua vez”, afirma-se: agora é a vez dele(a) de que? De sofrer?
Você vai gostar disso, disso, disso, disso, disso
Disso, disso, disso, disso
O que você acha disso? (Barabim barabum bumbum)
O que você acha disso, disso, disso, disso, disso
Disso, disso, disso, disso
Neste refrão, questiona-se para a pessoa que o eu lírico se dirige o que ela acha disso tudo. Afirma-se que ela vai gosta disso (ironia? Provocação? Constatação?).
Olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
O que você acha disso?
Agora olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
O que você acha disso?
Aqui, tem-se uma comparação entre o eu e o outro, pois pede-se que ele olhe para ele (“você”) e para quem está falando. É perguntado o que ele acha “disso”: o que está nas entrelinhas aqui? Um dos dois é melhor? Ou não há nada nas entrelinhas? “Disso” também pode se referir às linhas iniciais, em que existe a descrição de uma separação.
10/10, eu quero o que é meu
Karma venha e aproveite
Me sinto mal, mas não posso fazer nada
E aí? Já estou de volta
Puxe o gatilho
Plain Jane pode ser roubado
Não gosta de mim?
Então me diga o que você acha disso, disso
Nesta estrofe, o eu lírico diz querer o que é seu após afirmar que a “sua” garota precisa de tudo; uma possível conclusão é que o eu lírico é a “garota” da outra pessoa. Em seguida, pede-se que o karma (punições e recompensas de acordo com leis reencarnacionistas) venha e aproveite (seja executado). Aparentemente, são pensamentos aleatórios do eu lírico nas primeiras linhas, para em seguida questionar o que ele acha disso.
Com um sorriso no rosto, te dou um beijo de despedida
Ria o quanto quiser enquanto pode
Agora é a sua vez, um, dois, três
Você vai gostar disso, disso, disso, disso, disso
Disso, disso, disso, disso
O que você acha disso? (Barabim barabum bumbum)
O que você acha disso, disso, disso, disso, disso
Disso, disso, disso, disso
Olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
O que você acha disso?
Agora olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
Olhe para você, agora olhe para mim
O que você acha disso?
Aqueles dias obscuros em que eu estava presa
Você devia ter acabado comigo quando teve a chance
Olhe para o céu, é um pássaro, é um avião
Aqui, a conclusão se aproxima: ele teve a chance de acabar com o eu lírico quando teve a chance, mas agora, olhando para o céu, não se sabe se é um pássaro, se é um avião, bem...
(Sim, sim, sim)
Mostre sua cadela chefona
(Sim, sim, sim)
BLACKPINK!
Neste final, a conclusão: a vontade de potência, citada no começo, retorna. Se concluirmos que Blackpink é esse pássaro ou avião do começo, o que é uma clara referência ao super homem, concluímos que o grupo é aquele que supera os outros, que está acima na hierarquia. O super homem de Nietzsche. Um pedido é feito: “mostre sua cadela chefona”, isto é, pode mandar o mais forte dos seus, eu sou muito forte. O grupo que supera-se e supera aos outros: esse é o Blackpink.
O que você acha disso?
(Dumdumdum dururu dumdumdum durururu)
Você vai gostar disso
(Dumdumdum dururu dumdumdum dururu)
O que você acha disso?
(Dumdumdum dururu dumdumdum durururu)
As últimas linhas falam por si.
Análise de The Art of Suicide, de Emilie Autumn
Da vida que eu já vivi, das músicas que eu já ouvi, jamais conheci músicas com letras melhores que as de Emilie Autumn. Segue uma das melhores, talvez a melhor:
The Art Of Suicide
The art of suicide
Nightgowns and hair
Curls flying every which where
The pain too pure to hide
Bridges of Sighs
Meant to conceal lover's lies
Under the arches
Of moonlight and sky
Suddenly easy
To contemplate why
Why...
Em toda a estrofe acima, é descrito o ambiente em que o eu lírico se encontra e os sentimentos que o permeiam por meio de uma poesia rica.
Why live a life
That's painted with pity
And sadness and strife
Why dream a dream
That's tainted with trouble
And less than it seems
Why bother bothering
Just for a poem
Or another sad song to sing
Why live a life
Why live a life
Na segunda estrofe (acima), a filosofia tem início: por que viver uma vida cheia de compaixão, de tristeza e luta? Por que sonhar um sonho que é pintado com problemas e menos do que aparenta? Por que se preocupar com a preocupação apenas por um poema ou outra música triste para cantar? Todas são perguntas não respondidas; a resposta nós mesmos podemos dar: óbviamente não tem motivo, não tem resposta; vivemos porque sim, sonhamos porque sim, nos preocupamos porque sim e não há nenhum motivo além deste. A vida tem tristezas e lutas e seria melhor não vivê-la.
The art of suicide
Pretty and clean
Conveys a theatrical scene
"Alas, I'm gone!" she cried
Ankles displayed
Melodramatically laid
Under the arches
Of moonlight and sky
Suddenly easy
To contemplate why
Why...
E na terceira parte temos uma conclusão: a arte do suicídio. Nesta parte, descreve-se o cenário do suicídio.
Why live a life
That's painted with pity
And sadness and strife
Why dream a dream
That's tainted with trouble
And less than it seems
Why bother bothering
Just for a poem
Or another sad song to sing
Why live a life
Why live a life
...
Life is not like Gloomy Sunday
With a second ending
When the people are disturbed
Well they should be disturbed
Because there's a story
That ought to be heard
Life is not like a gloomy Sunday
With a second ending
When the people are disturbed
Well they should be disturbed
Because there's a lesson
That really ought to be learned
Na estrofe acima tem-se o começo da conclusão filosófica: todos deveriam ficar perturbados, pois esta é uma lição que deveria ser aprendida, a lição que refere-se ao que a vida é e ao que ela não é.
The world is full of poets
We don't need any more
The world is full of singers
We don't need any more
The world is full of lovers
We don't need any more...
E finalmente temos a conclusão: nós não precisamos de mais poetas, o mundo já está cheio deles; nós não precisamos de mais cantores, o mundo está cheio deles; nós não precisamos de mais amantes, o mundo está cheio deles. Ou seja, os outros não precisam de nós, pois existem muitos outros como nós que têm as mesmas qualidades para oferecer ao mundo. E assim o suicídio se justifica.
Lyrics Source: https://www.vagalume.com.br/emilie-autumn/the-art-of-suicide-traducao.html
sábado, 21 de janeiro de 2023
Interpretação da música "Guerreiros São Guerreiros", da Pitty (significado)
Guerreiros São Guerreiros é o título.
Mas devemos nos perguntar: o que são guerreiros?
O início nos remete a uma pessoa que luta para conquistar as coisas:
Eu não vim aqui pra pedir
O que eu quero eu vou conquistar
Se agora é hora de ir
Tô na estrada, sigo em frente
Eu não penso em fugir
E nem mesmo me consolar
Tenho medos e mesmo assim
Tô na estrada, sigo em frente
E mais do mesmo:
Enquanto eu tiver chão sob os pés
Enquanto eu puder caminhar
Enquanto eu puder estar viva
Enquanto minha hora não chegar
Talvez eu não vença o tempo todo
E ainda posso até cair
Só quero manter minha alma forte
Erguer a cabeça e seguir
Sou guerreiro
Sou guerreiro
No entanto, temos uma ruptura:
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Escravos de jó
Escravos de jó
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
E fazem zigue zigue za
Escravos de jó
Escravos de jó
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são guerreiros
Guerreiros são
Guerreiros são
Temos uma dualidade bem evidente. Pois se no início, que ocupa a maior parte do discurso, temos uma visão atual de guerreiro; no final o eu lírico nos remete ao passado, a um passado sombrio, em que o guerreiro era o escravo. Escravo é alguém que foi destituído de sua liberdade, sendo tratado como um objeto explorável. O significado de guerreiro, por outro lado, é uma pessoa que combate em uma guerra, que demonstra força e coragem.
"Na Super Interessante, encontramos a ideia de que o Jó bíblico teria sido apropriado pela cultura negra para “simbolizar o homem rico”. Já na Fatos Desconhecidos, encontramos a suposição de que “zigue zigue zá” era o ziguezague que os escravos faziam para fugir do capitão-do-mato. Palpites com zero rigor, que não devem ser levados a sério." Porém, que evidenciam essa dualidade entre o que é bom e ruim sendo guerreiro. O guerreiro atual é coberto por um discurso motivacional e o guerreiro antigo que era escravo é lembrado.
Será mesmo? Guerreiros são guerreiros, mas o que são guerreiros? Temos essa visão dualista ou o texto nos sugere que fica a nosso critério? As duas últimas frases são "Guerreiros são"; são o que? O texto é aberto. Podemos dizer que o guerreiro atual não é tão bom assim, que também temos nosso zigue zigue zá, que também somos, de certa forma, escravos.
Na época dos escravos, era lei a escravidão. Hoje, muitas coisas ainda são lei, apesar de termos progredido nesse tempo. Muitas leis transformam o guerreiro em um escravo. O guerreiro, em nosso contexto, pode ser interpretado como o trabalhador, que vive em uma ditadura; mas que sempre está buscando o que é melhor pra si, assim como o escravo que fugia para conquistar algo seu.
Podemos completar assim: Guerreiros são escravos. Se não for assim, por quê não completar as duas últimas frases? Por qual motivo citar os escravos?
Podemos também interpretar o início da música como o jovem que se lança ao mundo querendo conquistar tudo, mas que percebe que lutou tanto e não é mais que um escravo, pois é assim que funciona o mundo moderno. Nossa democracia brasileira, de 2023, é sim uma forma de ditadura, que coloca a maioria de sua população em situação muito inferior àqueles que possuem maior capital. Diferença essa que seria equivalente à diferença social que os escravos negros tinham.
Fontes: https://colecionadordesacis.com.br/2018/08/01/quem-eram-os-escravos-de-jo/
https://www.letras.mus.br/pitty/250742/
O eterno retorno - Quais as probabilidades?
Já dizia Nietzsche: se fosse para o Universo ter um fim, já teria tido esse fim.
Qual a lógica de eu estar existindo agora? Eu poderia existir em outro ponto infinito do futuro ou ter existido em outro ponto infinito do passado. Quais as probabilidades de ser agora? Praticamente nulas.
Imaginem o dígito 1 seguido de cem zeros:
10.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000 (googol = 10^{100}).
Consideramos o tempo futuro infinito. No entanto, vamos supor que o tempo tem essa representação numeral e acaba. Vamos supor também que o número 1 representa 100 anos e que o tempo atual é representado por:
1.000.000.000.500.500.000.000.000.050.000.000.100.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.000.
Quais as chances de o tempo estar exatamente nesse ponto? As probabilidades são tão pequenas, que praticamente nulas. Se consideramos, então, um tempo infinito, não há outra explicação a não ser o eterno retorno. Ou é o eterno retorno ou algo praticamente impossível.
Nietzsche já sabia disso. Por isso previu, em seu otimismo, que o eterno retorno seria a crença do futuro.
sábado, 14 de janeiro de 2023
Interpretação da música (S)aint, de Marilyn Manson
(S) aint, música do não efêmero Marilyn Manson, carrega em si algo que talvez Nietzsche admirasse: orgulho de si, arrogância, amor próprio, egoísmo. O título (S) aint já faz seu trabalho de apresentar o trabalho de forma curta, mas cheia de conteúdo. Saint significa santo, mas aint significa "não", ou seja, não é santo.
Segue o primeiro verso:
“I don't care if your world is ending today Because I wasn't invited to it, anyway”
Ele não se importa com o seu mundo se ele não faz parte dele; não faz aquele jogo moralista ou falso moralista, falso altruísta, que é tão comum no mundo moderno. Diz o que ele é de verdade: altruísta, talvez, mas só se for sensato o ser.
“You said I tasted famous, so I drew you a heart But now, I'm not an artist, I'm a fucking work of art”
Primeira linha aqui indicando passado: eu desenhei um coração para você, o inventei; ele se iludiu com a outra pessoa e desenhou um coração, este coração sendo falso, pois desenhado; isso após essa outra pessoa dizer ao eu lírico que ele tinha gosto “famoso”, bajulando. Na segunda linha, revela o presente: não é mais um artista, não cria coisas para os outros verem, agora ele próprio é a obra de arte e não uma simples obra de arte, but a fucking work of art. Agora ele é o centro, não o que ele faz ou outra pessoa.
“I've got an F and a C and I got a K too And the only thing that's missing is a bitch like U”
Agora ele tem o F, o C, o K, só falta o U da vagabunda. Mais uma vez, dizendo que ele tem coisas e diminuindo essa mulher que chama de bitch. Engrandece a si mesmo, reduz o outro; isso tudo usando um jogo de palavras que só deixa tudo mais apreciável.
“You wanted perfect, you got your perfect But now, I'm too perfect for someone like you I was a dandy in your ghetto with a snow white smile And you'll never be as perfect, whatever you do”
Essa outra pessoa, provavelmente uma mulher, queria o perfeito; agora ele é o perfeito. No passado ele talvez fosse um tolo, agora ele é perfeito e ela nunca será perfeita, não importa o que faça.
What's my name? What's my name? Hold the S because I am an AIN'T What's my name? What's my name? Hold the S because I am an AIN'T
Mais um excelente jogo de palavras aqui, que é o que dá nome à música.
I'm a bonetop, a death's head on a mopstick You infected me, took diamonds, I took all your shit Your sell-by date expired, so you had to be sold I'm a suffer-genius and vivi-sex symbol
Esse excerto ele expõe um possível motivo de destilar sua superioridade sobre essa pessoa do seu passado. Ela o infectou e levou os diamantes, levou o que ele tinha de valor enquanto deu a all the shit. Mas a data de validade dela expirou, ou seja, envelheceu e teve de ser “vendida” como se fosse um objeto. Ele, agora, é descrito como algo morto (“bonetop”), porém, apesar de ter essa relação com ossos, ou seja, algo morto, tem também a relação com algo que está acima, no topo. Superioridade dele, inferioridade dela, que foi descartada. Na última linha, mais superioridade: é um gênio que sofre e um símbolo sexual vivo.
Enfim, é uma música sobre si, apesar de ter que usar essa outra pessoa para mandar para o inferno todos que querem usar ele, tirar algo dele.
Fonte: https://www.letras.mus.br/marilyn-manson/94945/traducao.html
sábado, 7 de janeiro de 2023
Resenha crítica do conto Ele de Lovecraft: Racismo, mistério e terror
O conto “Ele” inicia-se já
falando dele, dessa outra pessoa que dá nome ao título do conto. Assim como em
outras obras do autor, inicia-se com muito adjetivos, como pode-se perceber no
seguinte excerto: “[...] a própria cidade tornou-se um firmamento cintilante de
sonho [...]”. Outro elemento importante é a frequente citação do que se relaciona
com o sonho e a imaginação.
Nesse início o narrador cita
coisas positivas acerca de Nova York, mas já deixando claro que teria uma
desilusão. Nessa desilusão fica evidente o racismo: “[...] multidões de pessoas
que fervilhavam por ruas que as escoavam como se fossem calhas eram estranhos
atarracados e de compleição escura, com rostos endurecidos e olhos estreitos
[...] que nunca poderiam significar algo para um homem de olhos azuis da raça
antiga, que trazia o amor das alamedas [...]”. Este trecho parece, além de racista,
nazista, pois nos remete à ideia da raça pura defendida por Hitler, o qual apresenta
essa defesa da raça “ariana”, de olhos azuis, como superior. Nota-se que
adjetivos negativos são relacionados às pessoas “de compleição escura”, como “estranhos”
e “olhos estreitos”, ou seja, anormais; enquanto não há adjetivos negativos
quando o homem de olhos azuis é citado.
Quem narra é um sujeito ligado à
poesia, aos sonhos e às visões. Quando ele encontra o homem, que dá nome ao
conto, é em um ambiente noturno, às duas da manhã de uma madrugada nublada.
Isto nos dá uma sensação de mistério e receio; inclusive, “ele” tem o rosto não
distinguível no início. Mesmo quando seu rosto fica visível ao narrador, ele
ainda tem algum atributo que incomoda: “[...] talvez ele fosse branco demais,
ou inexpressivo demais [...]”. Isso tudo, apesar do infeliz aparente racismo,
dá ao conto um caráter que empolga quem gosta de obras de terror.
“Ele” leva o narrador até uma biblioteca
a partir de um caminho guiado por ele. Na biblioteca, revela mais de suas
características e expõe um discurso que mostra conhecimentos do passado daquele
lugar. Então, cita certos rituais que teriam sido praticados por índios que no passado
ali habitaram. Nesse discurso, ele fala: “[...] o costume que o fidalgo
aprendeu daqueles selvagens vira-latas foi apenas uma pequena parte do
conhecimento que ele veio a ter [...]”. Neste excerto, temos um discurso novamente
preconceituoso, agora sendo dito não pelo narrador, mas por esse personagem; e
também cita esse conhecimento oculto e do passado.
Em seguida, acontece algo que
mexe com o psicológico do narrador: com um gesto da mão, o homem faz surgir um
relâmpago e visões de outro tempo para que os dois vejam. Na terceira vez que
esse relâmpago surge, o narrador se assusta e começa a gritar. A partir desses
gritos, um terceiro ser aparece no conto: “uma substância negra como uma tinta
e repleta de olhos, brilhantes e malignos”. Este destrói o homem. O narrador,
então, foge da biblioteca. No final, este volta para Nova Inglaterra, região
que é cercada por citações positivas, como “alamedas límpidas” e “brisas
deliciosas do mar”; em oposição à Nova York que é palco de tudo que fora narrado.
Fonte: LOVECRAFT, H. P. Obras Escolhidas. Tradução:
Jorge Ritter. Porto Alegre: L&PM Editores, 2007.
domingo, 1 de janeiro de 2023
O que o povo quer?
Tudo que o empregado trabalhador quer é uma revolução comunista, só não sabe ainda.





