Conteúdo: O PSS e a carta do leitor
Objetivos:
Entender o que é o PSS e a estrutura das questões;
Saber as exigências da produção textual no PSS;
Compreender as características do gênero textual carta do leitor;
Fazer uso da carta do leitor em outras situações além do PSS;
Produzir uma carta do leitor em uma simulação da prova de produção textual do PSS.
Introdução:
Para iniciar a primeira aula, será perguntado quem pretende fazer o PSS e o que sabem sobre ele. Em seguida, serão apresentadas, oralmente, as características da produção textual do PSS, e levantado o conhecimento prévio dos alunos sobre o gênero textual carta do leitor, levando em conta questões como: o que é? Onde circula? Para que serve?
Na segunda aula, fazer leitura de texto que gera polêmica, o qual trata sobre a legalização da maconha.
Desenvolvimento:
Na primeira aula, explanar oralmente, a partir de texto que será entregue para os alunos, as exigências do PSS. Salientar que quem não fará PSS também utilizará tais conhecimentos, pois serão necessários para as aulas.
Mostrar, oralmente, a partir de dois exemplos de carta que serão entregues para os alunos, características do subgênero carta do leitor. Então, entregar material fotocopiado de um resumo sobre as características do subgênero carta do leitor e retomar o que foi explicado com outros dois exemplos do material fotocopiado.
Síntese integradora:
Como forma de avaliar a compreensão dos alunos acerca do conteúdo, em um segundo momento (dia 06), será realizado um simulado da produção textual do PSS, quando os alunos deverão escrever uma primeira versão (rascunho) e a versão definitiva de uma carta do leitor. O tema proposto é um texto sobre a legalização da maconha, a turma poderá ter opinião favorável ou contrária.
Enunciado de comando:
“Elabore sua redação, em prosa, com um mínimo de 10 linhas e máximo de 17 linhas, colocando um título.
Considerando os textos vista em sala de aula, desenvolva um texto no gênero carta do leitor, seu argumento deve ser favorável ou negativo, de acordo com a divisão feita na sala”.
Atividade extra: Solicitar que respondam a um simulado de PSS.
Recursos didáticos:
Quadro negro, giz, apagador, material fotocopiado e folhas para a produção textual.
Referências:
CABRAL, Sara Regina Scotta. Carta do leitor – um gênero textual. 2002.
Exemplo de carta do leitor, disponível em: http://loucosportecnologias.blogspot.com.br/2013/08/a-coluna-cartas-do-leitor-e-um-espaco.htm Acesso: 01-10-2015 http://cps.uepg.br/pss/Documentos/2013/Revista_PSS.pdf Acesso: 01-10-2015 http://www.brasilescola.com/redacao/a-carta-leitor.htm Acesso: 01-10-2015 http://nota10sempre.blogspot.com.br/2010/09/carta-do-leitor.html Acesso: 01-10-2015 http://professoredmundo.com.br/index.php/exemplo-carta/ Acesso: 01-10-2015
http://controlesocialdesarandi.com.br/biblioteca-do-social/modelo-carta-leitor/
Texto com exemplo de carta de leitor do vestibular da UEM, disponível em: http://cabine17.blogspot.com.br/2012/09/normal-0-21-false-false-false-pt-br-x.html Acesso: 01-10-2015
Texto sobre legalização da maconha, disponível em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2014/09/18/noticiasjornalopiniao,3316465/sobre-a-legalizacao-da-maconha.shtml Acesso: 01-10-2015
Anexos:
Anexo 1:
São Paulo, sábado, 1 de outubro de 2005
MURAL - FILMES
“Gostei da reportagem que vocês publicaram em julho (“Sempre em Cartaz’), sobre filmes que as crianças não enjoam de assistir. Estou muito contente por vocês publicarem essas matérias interessantes. Os quadrinhos estão cada dia mais legais. Quero que continuem assim, um jornal divertido. Eu também acho o H superfofo!”
Paula, 9 anos, de São Paulo, SP
Anexo 2:
Arapongas, 05 de Julho de 2013.
Prezado Sr. Silva,
Como leitor assíduo da revisa Saúde, em primeiro lugar, venho agradecer o benefício que os artigos publicados vêm proporcionando à minha família. Muitas das dicas fornecidas, conseguimos colocar em prática e, dessa forma, melhorando consideravelmente nosso bem estar.
No último número da revista, lemos uma matéria sobre os perigos que o excesso de sal na alimentação podem provocar à nossa saúde. É fato que já tínhamos algum conhecimento sobre o assunto, porém, não em detalhes. Como nossa família está sempre em busca de uma vida mais saudável, desejamos, também, colocar em prática algumas destas dicas.
Ocorre que o sal já faz parte de nossas vidas há tempos e não se encontra com tanta facilidade receitas que não o utilizem.
Sendo assim, solicito a gentileza de, se puderem,
publicar receitas de pratos onde possamos substituir o sal por outras ervas ou condimentos que não prejudiquem nossa saúde. Atenciosamente,
Leitor.
Anexo 3:
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO PARANÁ
PROJETO DE LEI Nº 134/2007
DECRETA:
Art. 1.º Os supermercados, estabelecimentos congêneres e o comércio em geral ficam obrigados a oferecerem aos seus clientes sacolas ou sacos plásticos de material biodegradável ou utilizável para embalagens dos produtos. (...) (www.crea-pr.org.br/crea2/html/projetos_lei)
(UEM) Como leitor, escreva uma carta ao editor de uma revista semanal, com até quinze linhas, expressando sua opinião sobre a temática abordada na coletânea de textos. Assine a carta com apenas a inicial do seu sobrenome final.
Maringá, 28 de outubro de 2009.
Ao editor da Revista ABC, Associação Brasileira de comercio
Sou proprietário de uma rede de supermercados da região e, como acompanho semanalmente sua revista, também gostaria de expressar a minha opinião sobre a questão da substituição das sacolas plásticas por retornáveis. Por uma questão de praticidade, sei que tanto as sacolas de plástico quanto as garrafas pet surgiram de reclamações de consumidores cansados de carregar vasilhames ou de ter comprar espalhadas porque as sacolas de papel não eram resistentes. Lembro-me bem desses problemas. No entanto, senhor editor, após cinqüenta anos, percebo bem o que poderia ser visto como um retrocesso, na verdade não passa de algo muito benéfico para toda sociedade. Assim, acredito que a medida tomada pela Assembléia Legislativa de sancionar uma lei que obrigue os comerciantes a oferecerem sacolas biodegradáveis ou retornáveis a seus clientes foi de extrema importância, porque a população, finalmente, começará a contribuir com a diminuição dos impactos da ação humana na natureza.
Além disso, escrevo-lhe esta carta, pois acredito que a ABC pode, inclusive, auxiliar na fiscalização do cumprimento dessa lei, pois tenho reparado que, infelizmente, muitos comerciantes ainda não se conscientizaram de que a substituição das sacolas plásticas não é apenas uma necessidade legal, mas prova de consciência e de responsabilidade ecológica.
Cordialmente,
G.
Anexo 4:
Sobre a legalização da maconha
A maconha tem dois princípios ativos, o Canabidiol–CBD e o delta-9-tetra-hidrocanabinol (THC). Esse último comprovadamente prejudica o funcionamento do cérebro, reduz a memória, o aprendizado e a inteligência, agrava os transtornos mentais preexistentes e, segundo pesquisa mais recente, a substância perturba gravemente o desenvolvimento da personalidade e a integração das experiências emocionais.
É um dos componentes causadores das psicoses. Além dessa gama de fatores, a maconha fumada é viciante e tem mais de 400 substancias cancerígenas. Os pró-legalização querem confundir o grande público. Se existe algum benefício na maconha está no Canabidiol, embora a farmacologia ainda não tenha pesquisas que comprovem cientificamente o seu benefício em longo prazo.
Se a legalização recreativa da maconha acontecer em nosso País, como querem os seus defensores, ficamos mais uma vez expostos aos riscos geradores de violência social. Recentes estudos coordenados pela Organização dos Estados Americanos (OEA) têm demonstrado que, em todos os países onde houve algum nível de liberação das drogas, o consumo aumentou notadamente entre os jovens. Este é o caso de Portugal, Áustria, Holanda, Reino Unido, alguns estados americanos e o Brasil – onde, em 2006, a legislação abrandou a pena para o consumidor. O debate em torno de sua regulamentação esquentou depois que o Uruguai aprovou, em dezembro, a produção e a venda da maconha, droga mais consumida no mundo.
Por isso chamamos a atenção, por meio do Movimento Brasil sem Drogas, para o assunto. Até o final deste ano, diversas atividades educativas serão realizadas para alertar a população e gerar a discussão. Existe muito desconhecimento sobre o assunto por parte da nossa população e o Senado está se aproveitando disso para avançar nas audiências públicas sempre em horários incomuns. É importante que a população seja alertada sobre os riscos de uma eventual legalização dessa droga que não é tão inofensiva como dizem os que estão favoráveis à legalização.
Anexo 5:
CARTA DO LEITOR
Características: -Gênero textual em que um leitor expressa opiniões (favoráveis ou não) a respeito de assunto publicado em revistas, jornais, ou a respeito do tratamento dado ao assunto; -nesse gênero textual, o autor pode também esclarecer ou acrescentar informações ao que foi publicado; -apesar de ter um destinatário específico – o diretor da revista, ou o jornalista que escreveu determinado artigo –, a carta do leitor pode ser publicada e lida por todos os leitores do meio de comunicação para o qual ela foi enviada; -na carta do leitor, a linguagem pode ser mais pessoal (empregando pronomes e verbos em 1ª pessoa) ou mais impessoal (empregando pronomes e verbos na 3ª pessoa) ou ainda pode utilizar os dois tipos de linguagem; a menor ou maior impessoalidade depende da intenção do autor: protestar, brincar ou impressionar, por exemplo. ATENÇÃO: NAS CARTAS DEVEM CONSTAR: DATA, DESPEDIDA, SAUDAÇÕES, ASSINATURA (SEMPRE A ABREVIAÇÃO DO NOME, CASO NÃO HAJA INSTRUÇÃO DE COMO ASSINAR)
As cartas de leitor escritas para o vestibular possuem uma estrutura um pouco diferente daquelas que nós lemos nos jornais ou revistas, pois as redações dos jornais/revistas muitas vezes parafraseiam as cartas originais e sintetizam as suas ideias. Além disso, no vestibular não pode haver identificação do autor na carta, com a assinatura do nome completo.