Brennar levanta a cabeça da mesa, ainda dentro da taverna. O mundo gira. A iluminação tremeluzente das velas parece dobrar e desdobrar as sombras como criaturas vivas.
A taverna está diferente.
Mais vazia.
Mais silenciosa.
Ou talvez seja só o álcool mastigando a realidade.
Ele pisca, tentando focar. A porta da frente bate com força por causa do vento da madrugada. Brennar sente um arrepio que não tem nada a ver com frio.
E então algo acontece. Três possibilidades — nenhum normal.
1. A Mulher Sensual na Porta da Taverna
A porta range…
E uma mulher entra.
Não qualquer mulher — mas a mais sedutora, estranhamente elegante e fora de lugar que Brennar já viu numa taverna de mercenários baratos.
Vestido rubro colado ao corpo, olhos dourados que brilham no escuro, e um sorriso que parece cortar a alma.
Ela caminha direto até Brennar, como se ele fosse o único naquele mundo.
— Você bebe como alguém que quer esquecer. — diz ela, puxando a cadeira para sentar-se à sua frente.
— E você aparece como alguém que quer ser lembrada… — Brennar retruca, meio bêbado, meio hipnotizado.
Ela inclina a cabeça, encantadora.
— Venha comigo. Agora. Há algo que você precisa ver.
E sem esperar resposta, se levanta e caminha até a porta…
esperando.
Um perfume estranho fica no ar. Algo doce, mas metálico.
Ninguém no salão parece ter notado a presença dela.
2. O Corvo Gigante na Viga do Teto
Um barulho seco ecoa acima.
Brennar olha para a viga principal da taverna… e quase derruba a caneca.
Um corvo gigantesco, do tamanho de uma criança pequena, está empoleirado no alto, olhando para ele com olhos vermelhos e luminosos.
As penas negras brilham com tons azulados conforme as velas vacilam.
O corvo abre as asas — e um vento impossível varre a sala.
Depois, ele desce, pousando no ombro de Brennar com uma força surpreendente, mas sem machucá-lo.
— Tá… tá brincando comigo… — Brennar gagueja.
A ave aproxima o bico do ouvido dele…
E diz, numa voz rouca, distorcida, quase humana:
— Acorda. Ela está em perigo.
Em seguida, tenta puxá-lo pela roupa, como se quisesse que ele o seguisse para fora.
3. O Estranho do Canto — O Terceiro Olho
Num canto da taverna, onde antes só havia mesas vazias, agora há um homem encapuzado sentado sozinho.
Ele ergue o rosto — e Brennar prende o ar:
Debaixo do capuz, ele tem três olhos.
Dois normais.
E um terceiro, no centro da testa, totalmente branco, sem íris.
Ele ergue o dedo lentamente, apontando para Brennar.
— A caçada começou. — diz ele.
— Ou você se move agora…
— …ou eles alcançam a sua irmã primeiro.
O terceiro olho brilha, iluminando a mesa.
Brennar sente algo dentro de si acordar:
Medo?
Raiva?
Ou destino?
O homem some na sombra assim que ele pisca.
Escolhas do Leitor
Agora você decide o próximo movimento de Brennar:
Opção A — Seguir a Mulher Sedutora para fora da taverna
Um caminho sensual, misterioso e possivelmente ilusório.
Ela sabe algo. Ou ele é a presa dela.
Opção B — Deixar o Corvo Gigante guiar Brennar
A ave fala. E parece saber sobre Serena.
Mas seguir um corvo sobrenatural nunca termina simples.
Opção C — Ir atrás do Homem do Terceiro Olho
Talvez seja um profeta.
Talvez um inimigo.
Talvez o único que sabe a verdade.