Lorena dá de ombros, rindo sozinha, e já se mistura à confusão de vozes da taverna. Brennar fica parado um instante, como se esperasse uma segunda chance. Mas ela não olha para trás.
Ele suspira, puxa a caneca para perto e, sem cerimônia, afunda o rosto na espuma. O vinho barato e a cerveja azeda queimam a garganta, mas é melhor sentir o ardor do álcool do que a pontada da recusa.
As gargalhadas em volta não lhe incomodam mais. As provocações, os olhares e o burburinho da taverna se tornam um pano de fundo distante. Para Brennar, naquele momento, o mundo se resume à madeira úmida do balcão e ao peso da caneca sempre cheia.
A vida segue ao redor, mas ele escolhe ser apenas figurante no caos.
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