Brennar, ainda com a jarra mal segurada na mão, consegue arrancar um sorriso da mulher desgrenhada. O vinho escorre pelo canto da boca dela, mas os olhos brilham com uma malícia quase infantil.
Brennar:
— Você aparece como uma assombração, Siri Gaita… ou devo te chamar de ladra de cozinha?
Siri Gaita (rindo alto):
— Ladra não, Brennar… apenas uma mulher com sede. E você, quem é? Um cavaleiro caído? Um trovador bêbado?
Brennar (se endireitando, mesmo torto de álcool):
— Cavaleiro não sou. Trovador, talvez… mas com a língua mais solta que as cordas de um alaúde velho.
Ela dá um gole fundo, enxuga a boca com as costas da mão e, por um momento, o deboche some.
Siri Gaita:
— Já me chamaram de muita coisa… Siri Gaita, é claro. Mas meu nome é Lorena. Poucos se importam em perguntar.
Brennar (erguendo a sobrancelha):
— Lorena… soa como nome de donzela de histórias antigas. Mas você prefere dormir em tavernas do que em castelos.
Lorena (com um meio sorriso):
— Castelos são frios e cheios de paredes. Prefiro os lugares onde há vozes, risadas e gente viva. Ainda assim… quando posso, gosto de passear no bosque.
Ela suspira, e pela primeira vez não há deboche em sua voz.
Lorena:
— O bosque me chama. Lá não preciso fingir nada. Posso ser soturna, posso me perder no silêncio… e ninguém me aponta o dedo.
Brennar (assobiando, desta vez mais afinado):
— Uma mulher da noite, mas com o coração da floresta. Que paradoxo mais bonito, Lorena.
Lorena (olhando nos olhos dele, quase séria):
— E você, Brennar… vai só rir de mim como todos fazem, ou vai me acompanhar de verdade?
Ela inclina a cabeça, aguardando sua resposta, com o riso prestes a voltar.
A partir daqui, o leitor terá duas escolhas:
-
Levar Lorena até sua casa, pelo caminho convencional, insinuando um interesse romântico. - Clique aqui
-
Seguir com ela até o bosque, onde o tom soturno da noite e as confidências dela moldarão a jornada. - Clique aqui
Nenhum comentário:
Postar um comentário