terça-feira, 9 de setembro de 2025

RazorHowlmon

 

No coração do Arquivo Perdido, uma região do Mundo Digital onde dados corrompidos se acumulavam e formavam novas e estranhas entidades, nasceu RazorHowlmon. Diferente de outros Digimons que eclodiam de Digi-Ovos com memórias e instintos básicos, RazorHowlmon surgiu de um turbilhão de dados de batalha esquecidos, mesclados com fragmentos de um programa de proteção contra vírus.

Seu corpo era uma mistura selvagem de pelagem amarela, alguns fios mais claros reluzindo sob a luz distorcida do Arquivo Perdido, outros mais escuros e densos como a sombra. Nos seus braços, em vez de garras comuns, havia lâminas afiadas e prateadas, feitas dos dados mais rígidos que ele havia absorvido. Suas unhas eram como punhais, e dois chifres curvos e ameaçadores brotavam de sua cabeça, um testemunho da sua natureza feroz.

RazorHowlmon era um Digimon solitário, impulsionado por um instinto primordial de proteger e destruir. Ele não tinha uma equipe, nem um Digi-Escolhido, apenas a vasta e perigosa extensão do Mundo Digital. Ele vagava pelas paisagens fragmentadas, suas lâminas brilhando perigosamente enquanto ele enfrentava qualquer Digimon corrompido que ameaçasse os poucos dados puros que ainda existiam.

Certa vez, enquanto explorava as Ruínas do Silêncio, ele encontrou um pequeno grupo de Baby Digimons encurralados por um bando de Soundbirdmon, Digimons tipo vírus que manipulavam o som para desorientar suas presas. RazorHowlmon, com um uivo que cortou o ar, lançou-se à batalha. Suas lâminas giravam em um frenesi de ataques, cortando os Soundbirdmon com precisão mortal.

Apesar de sua aparência intimidadora e sua natureza selvagem, havia uma estranha honra em RazorHowlmon. Ele não buscava a destruição gratuita, mas sim a ordem através da eliminação do caos. Ele era um guardião relutante, um lobo solitário no vasto deserto de dados, sempre pronto para desembainhar suas lâminas e lutar por aquilo que ele, à sua maneira única, considerava certo. Ele pode ter nascido do caos, mas em seu coração, ele era um guerreiro.

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