Brennar, esfregando os olhos pesados e arrastando os pés pelo chão irregular de pedras, decide não ceder à tentação do atalho sombrio.
— “Melhor seguir pela rua principal, pelo menos há tochas acesas por aqui…” — resmunga, tentando se convencer.
A rua se estende como uma serpente preguiçosa, iluminada por tochas espaçadas que tremulam ao vento. As fachadas das casas antigas parecem observá-lo, e o som de uma janela rangendo ecoa como um aviso. O cheiro de fumaça de lareiras mistura-se ao hálito frio da madrugada.
Alguns notívagos passam depressa, com o olhar no chão — talvez temendo cruzar o olhar de quem não deveria estar ali.
Brennar segue, trôpego mas atento, até a próxima encruzilhada. A tocha mais próxima queima baixo, quase apagando-se, e as sombras se movem como se tivessem vontade própria.
De repente, algo se mexe perto de um portão quebrado. Três figuras encapuzadas emergem da escuridão — uma trindade de infortúnios.
Um deles ergue uma adaga enferrujada, o segundo faz a corrente chacoalhar no ar, e o terceiro, mais baixo, fica parado… apenas observando, com olhos que brilham no escuro.
— “Dinheiro, agora! Ou o sangue vai pagar a conta!” — rosna o da adaga.
Brennar sente o coração martelar no peito. Ele não tem quase nada — algumas moedas amassadas, um colar barato e o restinho do orgulho.
O suor frio escorre pela nuca. Ele engole seco.
Narrador:
A rua está vazia. A distância entre ele e a taverna é grande demais para pedir ajuda. Três sombras o cercam, e cada uma parece esperar o primeiro movimento.
Agora, o leitor escolhe o destino de Brennar:
⚔️ Escolhas do Leitor
1️⃣ Negociar — Brennar tenta conversar, apelar ao humor ou à lábia, dizendo que é um bardo famoso e pode recompensá-los de outra forma… se saírem vivos da música.
2️⃣ Enganar — Ele finge ter algo valioso escondido e promete entregá-lo… se o deixarem guiá-los até um “amigo rico” nas redondezas.
3️⃣ Correr — Sem pensar, Brennar gira nos calcanhares e dispara pela rua principal, torcendo para que o vinho o empurre mais rápido que o medo.
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