quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Recusar e virar as costas

 Serena sorri de canto, como quem já conhece o tipo de promessa que termina em armadilhas.

— Guardem seu ouro. — diz, virando-se antes que vejam a dúvida que pisca em seus olhos.

Os homens não insistem. Apenas observam em silêncio enquanto ela se afasta. Quando o som de suas botas se mistura à névoa do beco, Serena sente o ar ficar mais frio — como se tivesse acabado de ignorar algo importante.

Pouco antes de dobrar a esquina, algo brilha no chão: rastros frescos, marcas fundas na lama, como garras arranhando o calçamento. E um farrapo de tecido manchado de sangue.

Ela se agacha, toca as marcas. Ainda úmidas. O cheiro é metálico, forte — o mesmo que sentira dias atrás, quando um lavrador jurou ter visto "algo" arrastando uma mula para dentro do mato.

A dúvida se impõe como um peso na nuca: os contratantes não mentiam. Algo realmente ronda a região.


Escolhas do leitor

Opção 1 — Seguir as pistas imediatamente
Serena decide confiar em seu instinto. Ajusta o capuz e segue as marcas antes que a chuva apague o rastro.
Consequência: corre o risco de andar sozinha no escuro, sem saber o que a espera, mas talvez encontre a verdade antes de todos.

Opção 2 — Ir para casa e descansar
Cansada e desconfiada de emboscadas, ela prefere deixar o rastreamento para o amanhecer.
Consequência: estará descansada e com a mente clara, porém as pistas podem desaparecer — ou alguém pode encontrá-las antes.

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