Brennar luta como um urso trôpego — pesado, imprevisível, mas movido por algo mais forte que o álcool: o instinto de sangue.
O brutamontes o atinge no maxilar, e ele sente o gosto metálico se misturar ao amargor da cerveja. Brennar ri, cuspindo sangue, e revida com um soco que ecoa no peito do outro como um trovão abafado.
Os dois se engalfinham entre mesas quebradas e corpos fugindo. O chão é um mosaico de cacos e bebida, e a fumaça das lamparinas tombadas transforma tudo em um teatro de sombras e urros.
Ninguém vence — mas ninguém ousa se aproximar deles também.
Serena, lá ao fundo, aproveita o espaço aberto para escapar.
Brennar a vê por um instante — o manto vermelho cortando a confusão — e algo dentro dele se acalma.
Mas a paz dura pouco. O adversário ainda respira, e o caos continua a devorar o salão.
Agora, Brennar precisa decidir.
🎭 Escolha do leitor:
-
Seguir Serena (mesmo manco):
Ele empurra o brutamontes contra uma pilha de cadeiras e cambaleia até a porta lateral. O tornozelo dói, a visão gira, mas o laço de sangue fala mais alto. Serena é tudo o que resta — e ele não deixará que a noite os separe. -
Ficar e brigar mais:
Brennar solta um rugido e volta à luta, decidindo que ninguém mais sairá daquela taverna impune. O aço brilha sob a luz trêmula das lamparinas. Ele não pensa em fuga, nem em salvação — apenas em fazer o caos lembrá-lo pelo nome.
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